terça-feira, 2 de novembro de 2010

Tecnologia e a Medicina

Um dos grandes dilemas atuais da Medicina no Brasil é a falta de leitos para cuidados críticos nos hospitais brasileiros, ou seja, leitos de UTI. Esse número vem aumentando ao longo dos últimos anos, porém ainda é inferior ao recomendado pela O.M.S., (que sugere entre 7% a 10% dos leitos hospitalares).
A medicina como conhecemos hoje é baseada em três pilares: O contínuo aperfeiçoamento dos seus profissionais, as pesquisas dos medicamentos que permitiram avanços incontestáveis na cura de várias doenças e o avanço da tecnologia que permite medições, acompanhamentos e diagnósticos cada vez mais precisos. Esses três aspectos somados facilitam a tomada de decisão por parte do profissional de saúde.
E o que a tecnologia pode ajudar a mudar esses dois aspectos?
A tecnologia pode facilitar na redução da mortalidade nas unidades abertas e fechadas, no tempo de permanência, aumentando assim a rotatividade dos leitos e permitindo uma oferta maior desse recurso para os pacientes que necessitem de cuidados críticos.
Atualmente empresas globais como a Philips, Siemens, Intel, CISCO, GE, TrakHealth, Intermec e no Brasil Fanem e Dixtal estão cada vez mais integrando as tecnologias existentes neste ambiente com os objetivos de aumentar a assertividade e facilitar a tomada de decisões clínicas e administrativas, por parte dos profissionais envolvidos na medicina.
O que já é feito?
Atualmente os monitores beira-leito, ventiladores e bombas de infusão podem interagir com prontuários eletrônicos dos pacientes (P.E.P.) além dos sistemas de imagens digitais (PACS), facilitando uma série de decisões do corpo clínico dentro da unidade. Além disso, os profissionais têm acesso via WEB a esses dados e informações para ensino à distância ou opiniões de especialistas quando necessário.
Instituições privadas são as que mais investem neste tipo tecnologia, pois além do retorno financeiro através do maior controle sobre cada operação realizada na organização se ganha também com o retorno de imagem positiva que ações geram na mídia e na população em geral, a área pública começou a se mexer vários estados e municípios usam a TI (Tecnologia da Informação) como aliada na saúde, mas projetos de informatização como o da Secretaria Estadual de Saúde do Governo do Distrito Federal que esta implantando o P.E.P. (Programa de Educação Profissional) em toda a sua rede de saúde pública ainda é visto como muito ousado nesse segmento.
E o Futuro?
Em um futuro não muito distante, as unidades de cuidados especiais, chamadas hoje de UTIs, terão um arsenal tecnológico ao seu dispor capaz de melhorar muito os processos internos e principalmente a qualidade de vida do paciente. Poderemos ter imagens do corpo do paciente em tempo real sem precisar levá-lo a tomografia, pois teremos “Tomógrafo à beira leito”, acessível para muitas unidades e os equipamentos não utilizarão fios para sua comunicação com os pacientes e com as demais máquinas, teremos cartões e/ou chips com toda a nossa informação clínica que poderá ser interpretada em qualquer parte do mundo, permitindo aos profissionais diagnósticos mais rápidos e assertivos e estes conceitos serão disseminados para as outras áreas da saúde conforme as necessidades de cada uma delas. Em suma, o que o Doutor Mc Coy fazia em Jornadas nas Estrelas utilizando o seu tricorder, estará bem mais próximo de nossa realidade na próxima década.

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