terça-feira, 2 de novembro de 2010

"As Novas Ferramentas" Acompanhando o desenvolvimento de instrumentos ultilizados na medicina

O primeiro microscópio foi construído em 1595 pelos holandeses Hans e Zacharias Jansen (1588-1631) (veja a figura à direita). Posteriormente, ele foi aperfeiçoado ao longo do século XVII, em vários países, tais como na Inglaterra, pelo físico Robert Hooke (1635-1703), e na Holanda, por Anton van Leeuwenhoek (1632-1723). Hooke, ao examinar fatias finas de cortiça, descobriu que ela tinha uma estrutura compartimentada, como uma colméia. Foi ele quem usou a palavra "célula" para descrever seus pequenos elementos constituintes. Hooke usou um microscópio bastante sofisticado para a época, constituido de uma ocular e uma objetiva, afixados em um tubo de madeira, uma platina para segurar o espécime em observação, e uma fonte concentrada de luz, composta de uma vela e um globo de vidro cheio de água para concentrar a luz. Com apenas 30x de aumento.
O microscópio de Robert Hooke
Van Leeuwenhoek aperfeiçoou uma linha de novos instrumentos, que apesar de terem apenas uma lente, eram dez vezes mais potentes do que o microscópio de Hooke. Desta forma, ele começou a descobrir um espantoso novo mundo, com coisas microscópicas que até então eram desconhecidas de todos, como protozoários e espermatozóides, ou que já pertenciam a um mundo conhecido, tais como folhas de plantas, insetos, etc. Em neurociência, Van Leeuwenhoek foi o primeiro a examinar seções de nervos óticos de carneiros e de vacas, em 1674. Ele descreveu magistralmente sua estrutura interna formada de fibras longitudinais, e manifestou-se perplexo com o fato de não ter conseguido determinar que eles eram tubos ocos, como mandava a teoria dominante da época, aperfeiçoada e tornada popular pelas obras de René Descartes.
Uma réplica dos priimitivos microscópios de uma lente feitos por van Leeuwenhoek

Anton van Leeuwenhoek
 

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